A palavra fotografia significa literalmente escrever com a luz. É muito poético, sim, mas também é bastante literal. Toda fotografia é feita registrando a luz que está sendo refletida no mundo ao nosso redor. Uma forma de compreender esse processo é considerando a semelhança de uma câmera fotográfica com o olho humano.
Você deve lembrar lá das aulas de ciências que as células do olho reagem à luz refletida nos objetos e enviam essas informações para o cérebro. Lá, essa informação é processada e transformada em imagens. A câmera fotográfica trabalha de forma muito (muito mesmo) parecida.
Vamos relembrar como isso acontece? De forma bem simplificada podemos dizer que a luz refletida nos objetos passa pela córnea e pelo cristalino, que são como lentes biológicas que focalizam os raios de luz na retina. Esta, por sua vez, abriga um conjunto de células que são sensíveis à luz. A retina transforma essa luz em informação e envia os sinais do que está na nossa frente para o cérebro.
A fotografia usa este mesmo conceito: ao invés de uma pessoa, estamos falando de uma câmera. Ao invés da córnea e do cristalino, temos lentes. Ao invés da retina, temos um sensor. Ao invés do cérebro, temos um processador de dados e um cartão de memória!
Quando usamos uma câmera totalmente automática, como a câmera do celular, ela tenta formar uma imagem nítida sozinha. Do mesmo jeito que nossos olhos se ajustam sozinhos à luminosidade (ajustando a abertura da pupila) e à proximidade dos objetos (ajustando a forma do cristalino para focar a imagem).
Usar uma câmera no manual nos permite ter controle sobre cada etapa, definindo como a luz chegará no sensor e ajustando luminosidade e foco das imagens que criamos.
Se queremos desenhar com luz, precisaremos definir as configurações adequadas para formar uma imagem bem exposta. Vamos ver como fazemos isso?
Última revisão em: Set/2025