Toda vez que eu admiro um nascer ou pôr do sol, me pergunto como é possível seguir me impressionando com esse fenômeno. Alguns dias nublados podem nos tirar o prazer de ver o espetáculo de cores desses momentos, mas não é como se eles fossem acontecimentos raros. Ainda assim, suspiro e me admiro.
Podemos concordar que mesmo a melhor das fotos não consegue captar a beleza do sol nascendo ou se pondo? Ainda assim, é possível alcançar um pouquinho da magia com algumas dicas bem pontuais.

Subexpor é o segredo
O maior segredinho dessas fotos é subexpor um tantinho. Se você estiver usando o modo de medição matricial, pode fazer esta subexposição deixando o fotômetro em um número negativo (como -1 ou -2).
Se você está usando o modo de medição pontual, pode apontar para uma parte próxima ao horizonte, um pouco acima da parte mais iluminada e do próprio sol. Se você fotometrar onde está o sol ou na parte mais clara, as chances são grandes de subexpor a foto mais do que o necessário. Se fotometrar na parte mais escura, as changes são grandes de superexpor.

Dica: essa mesma dica vale para quando você estiver fotografando com o celular! Os smartphones oferecem a opção de compensar a exposição para mais ou para menos, e você consegue fazer isso tocando na tela, esperando um pouquinho, e depois arrastando para esquerda ou direita. Mesmo aquele registro inesperado do amanhecer feito com o celular vai ficar com mais profundidade de cores e detalhes.
Nossa câmera não consegue captar exatamente o que nós vemos em uma situação de tanta diferença de luminosidade como é o nascer e o pôr do sol. Nossa opção é nos contentarmos com uma foto que registra somente uma parte do que estamos vendo ou usar alguma técnica para contornar essa limitação: já contei aqui sobre o uso de filtros de densidade neutra e da técnica do cartão preto. No próximo tópico vamos ver uma outra técnica: a fotografia HDR.
Última revisão em: Set/2025